Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza

Não seria uma surpresa para ninguém dizer aqui que o novo longa Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza só é indicado para aquele público à vontade com a série japonesa que fez sucesso nas TVs do mundo inteiro. E também não seria surpresa nenhuma que esse texto se resumisse a apenas isso.

E mais, tampouco dá para acreditar que se você conheceu a série de animação, vai dar a mínima atenção para o que um crítico qualquer possa vir a falar sobre o filme. Então em uma daquelas encruzilhadas que o mundo nos coloca, o que me sobra é, justamente, só encher linguiça por mais algumas linhas enquanto você finge que lê (mas nem por isso vou deixar de fazer o que estou acostumado… então vamos a alguns fatos).

Posicionando algum desavisado que entrar no cinema, o tal Freeza do título é um inimigo de Goku e seus amigos que foi derrotado em algum momento das muitas sagas, temporadas e versões. Aparentemente ele agora está em um céu (ou inferno… que diga-se de passagem é uma das boas piadas do filme), mas um de seus asseclas resolve revivê-lo (como o título também conta), e para isso entra em cena as Esferas do Dragão (que também resume o título), uma série de “bolas” que quando juntas dão a seu “dono” um pedido.

Freeza então, agora renascido, junta um exército enorme de “capangas” vestidos iguais, mas com cabelos diferentes, e vai atacar a Terra, onde em um primeiro momento quem tem que defedê-la é Gohan (filho de Goku) e seus amigos, enquanto o herói e seu companheiro de treino, Veditta estão sei lá onde aprendendo a serem melhores lutadores com um ser afeminado e uma divindidade com cara de chacal (que estiveram no filme anterior A Batalha dos Deuses).

No resto do tempo, Renascimento de Freeza entrega justamente tudo aquilo que os fãs mais querem: Batalhas. E se nas TVs esses embates duravam capítulos e mais capítulos, na tela grande, essa pancadaria entre Freeza e Goku deve tomar 90% da exibição. O que, definitivamente, não é um problema para os fãs, já que é tempo suficiente para que ambos mostrem seus “golpes especiais”, troquem de cor , conversem muitos entre um supapo e outro, troquem de cor de novo, deixem claro o quanto são forte e voem por aí.

E em meio a tudo isso, assim como a série (e que fará a felicidade dos fãs), não falta um humor meio caótico, descarado e que não tem vergonha nenhuma de interromper qualquer sequência de ação para deixar brotar alguma piada que beira o nonsense. Infelizmente para o público “não fã” a maioria do humor vem de uma ou outra “piada interna” que tem muito mais graça para quem ficou horas e horas em frente a TV vendo um único personagem dar um único golpe.
Mas como eu disse, nada disso importa e “Renascimento de Freeza” não será surpresa para nenhum desavisado que entrar no cinema por engano, do mesmo jeito que, muito provavelmente, deve fazer a alegria dos fãs.

“Doragon Bôru Z: Fukkatsu no ‘F'”(Jap. 2015), escrito por Akira Toriyama, dirigido por Tadayoshi Yamamuro

Trailer – Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza