Skyline – A Invasão | E ficamos aqui torcendo pelos ETs

Não que o cinema esteja farto de invasões alienígenas, na verdade bem pelo contrário, as bilheterias adoram uma boa horda de monstros vindos do espaço botando a humanidade no chinelo, o que ninguém mais agüenta é fazer isso de modo medíocre e desengonçado, como Skyline – A Invasão parece fazer questão de ser.

Medíocre, por simplesmente não conseguir fazer uma invasão ser minimamente interessante, desengonçado, por não fazer nem a lição de casa dos filmes de ficção científica e se tornar um produto cafona que não sabe para onde apontar suas armas.

É lógico que a enorme maioria dos filmes do gênero precisam ter um amor, algo onde seus personagens possam se apegar, nem que seja por eles mesmos e suas sobrevivências, e com isso conseguirem chegar até o final do filme, o que os irmãos Strause não percebem é que existem milhões de jeitos de criar esse conflito sem uma briguinha, uma gravidez e outra briguinha (essa no meio da ação). Mas aparentemente, Colin e Greg, não estão lá muito preocupados com esse tipo de questão, afinal seu filme tem um monte de dinheiro para gastar com efeitos especiais, o resto acaba sendo escondido pelos milhões em pixels. Mas se enganam redondamente.

Skyline pode até ter um visual interessante, principalmente visto de longe, já que de perto seus extraterrestres compartilham de pouca simpatia e personalidade em seus visuais, que, primeiro, não condizem com sua tecnologia, e muito menos parecem caber em seus próprios equipamentos (por mais que seja óbvio que um ou outro é comandado apenas pelos cérebros) e, segundo, é impossível, ao término do filme, descobrir o que é equipamento, o que é ET, e o que é sei lá mais o que usado para fazer seus trabalhos de colheita. Por fim, ainda capricham tanto em seus invasores que dão ao público criaturas indestrutíveis, que se auto-consertam, e passam por qualquer coisa, o que deixa totalmente sem graça torcer pelos humanos.

E quando os efeitos não funcionam, sobra então uma boa história de sobrevivência, com personagens prontos para o cinema torcer por eles. Coisa que também não acontece aqui. É bom saber que o casal chegou a Los Angeles para o aniversário do melhor amigo do namorado, que ele é bem sucedido no ramo de efeitos especiais e que tem o desejo de dar uma oportunidade para o amigo que chegou, mas sinceramente, absolutamente nada disso é nem lembrado quando a invasão começa. Tudo bem, ela estar grávida, e uma pulada de cerca do amigo rico até dão as caras, mas mesmo isso só serve para fazer o espectador ficar mais tempo a espera da tal invasão. Talvez alguns flashbacks pontuais diluídos durante a trama tivessem o mesmo efeito, e até guardassem algumas surpresas, como a gravidez ou a traição.

O efeito disso é uma falta enorme de ritmo, a trama acaba se arrastando sem muitos pontos empolgantes, um ou dois discursos motivacionais, um pequeno conflito de ideias (pequeno mesmo) e um erro graxo dos irmãos Strause, que, de cara, decidem colocar seus personagens como espectadores da guerra às suas voltas, presos naquele prédio (de onde “fogem” para o alto , naquele que é um dos maiores clichê de idiotice que o cinema mais gosta de repetir, com ou sem helicópteros), mas de uma hora para outra acabam próximos demais do evento jogando fora o distanciamento que pareciam planejar.

Tudo fica pior quando se percebe que os irmãos Strause estão pouco se lixando com a idiotice de seus personagens, fazendo-os gritar “corram” diante de um extraterrestre de trinta metros de altura, como se alguém fosse ficar parado, ou até “dar” ao seu protagonista uma espécie de “superforça” (já que ele teve mais contato com a luz que abduz os humanos para dentro das naves) que lhe dá a possibilidade de acabar, no soco, com um dos invasores. O que idiotiza mais ainda seus vilões.

E com todo dinheiro indo para a sessão de efeitos especiais de Skyline – A Invasão sobra então para a de elenco um monte de caras conhecidas por quem gosta de séries de TV, mas que nem por um momento se mostram competentes o suficiente para carregarem o filme em suas costas, muito menos para oferecerem simpatia suficiente para que o espectador torça para eles. Ainda mais com toda cara de filme B, daqueles que pouco se importam em fazer muito sentido.

Tudo ainda ganha “contornos épicos” (ironicamente falando) quando o cinema é obrigado a ver um beijo no meio de uma abdução, depois de um “Vá embora, se salve” e um “Eu não vou a lugar nenhum” (como se eles não percebessem que tais diálogos não precisam mais existir, facilmente suprimidos por uma troca de olhares), tudo isso para fechar com chave de ouro com uma sequencia quase sem sentido dentro da nave, que seria muito melhor para o mundo que ela não existisse, privando todos da vergonha alheia da decisão dos Strause de fazer ainda isso com seu filme (ênfase no pronome possessivo, já que os créditos iniciais lembram o cinema disso, fazendo-os então carregar toda responsabilidade, nesse caso, do desastre).

Skyline (EUA, 2010), escrito por Joshua Cordes e Liam O´Donnell, dirigido por Colin e Gre Stause (Strause Brothers), com Eric Balfour, Donal Faison, Scottie Thompson, Brittany Daniel, Crystal Redd, Neil Hopkins e David Zayas

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2 Comentários. Deixe novo

  • Mais tarde quando todos doarmim misteriosas luzescomeam a descer do c* e pior passam a sugar as pessoas para estranhas espaonaves. Nas emissoras de rdio e televiso no existe mais ningum e a sensao de isolamento s aumenta o medo.Diante do perigo que parece ameaar todaa humanidade o caminho manter-se unidos para sobreviver diante das estranhas criaturas e dos terrveis ataques que no param de acontecer. em 01 01 2011Nota 6Bom realmente o roteiro do filme foi fraco as interpretacoes dos atores foi pior ainda mais a historia do filme foi uma ascencao do que esta por vir o primeiro filme apenas preparou a historia para a continuacao que concerteza sera melhor vamos esperar a continuacao pra ver e os efeitos especiais foram maravilhosos muito bem feitos.

  • esse filme é uma merda

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