Plano de Fuga

Rota de Fuga

Por mais que fadada ao aparente desastre, é impossível não se empolgar com a premissa de Rota de Fuga. Mas como bem lembrado, ele é tão fadado a escorregar e dar de cara com o muro que é exatamente isso que acontece.Rota de Fuga Poster

A começar pela própria história, que só empolga por que todos já viram um punhado de ótimos resultados envolvendo uma prisão, um especialista em fugas e (no final de tudo) um divertido plano cheio de surpresas. Rota de Fuga tem isso, mesmo que seja apenas em seus 15 minutos iniciais, por que o resto é de uma falta de criatividade incrível.

Começo que apresenta o público a esse especialista em fugas, que na verdade faz isso por profissão, contratado pelo próprio governo para testar suas penitenciarias. Mas isso muda quando ele aceita um serviço envolvendo uma misteriosa prisão que, supostamente, serve para a CIA “esconder” algumas “personas non gratas”. E como o roteiro escrito Mile Chapman (que ninguém conhece) e Jason Keller (que seria melhor não conhecer, mas que escreveu o horrível Espelho, Espelho Meu) não se esforça nem para que o espectador se empolgue com isso, é fácil se encher do filme logo de cara.

Depois de começar bem com essa fuga “old school” e que deixaria o Mcgyver orgulhoso, a dupla simplesmente apresenta a todos um cenário que faz sentido, mas é tão cheio de buracos e possibilidades de dar errado que seria impossível aceitar que qualquer personagem minimamente inteligente aceitasse tal trabalho. E com “dois minutos” dentro da prisão o protagonista “pedir pra sair” demonstra exatamente isso: o quanto ele é um completo imbecil. E isso só fica pior quando depois de muito tempo o espectador descobre sua motivação.

Rota de Fuga Filme

Para completar o “pequeno desastre”, o sueco Mikael Hafstrom (do interessante de 2001 Evil, mas também da porcaria 1408) senta na cadeira de diretor e não faz absolutamente nada. Apostando na presença de um elenco que arrastaria alguns milhões para as bilheterias, sem perceber nem que o que todos iriam querer com eles, em Rota de Fuga simplesmente não existe. Hafstrom começa apostando na sutileza do personagem e de sua escapada, mas acaba o filme sob uma chuva de balas e explosões. Ainda que nem com isso seu filme tenha ação suficiente para empolgar quem vai em busca dessa adrenalina.

E pior, um filme que conta com Silvester Stallone e Arnold Schwarzenegger no topo do cartaz não permitiria que o resultado fosse menos que um filme de ação. O que não é. Principalmente com os dois completamente apagados e reféns de uma narrativa cansada e que aposta em duas ou três surpresas que não surpreendem ninguém.

Mas por outro lado, é a presença da dupla de protagonistas é que permite que esse filme exista com o mínimo destaque que ganhou. É também o nome deles que possibilita que alguém foque a atenção em Rota de Fuga, que ainda assim vai ser esquecido assim que subirem os créditos finais.


“Escape Plan” (EUA, 2013) escrito por Miles Chapman e Jason Keller, dirigido por Mikael Hafstrom, com Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jim Caviezel, Sam Neill, Vicent D´Onofrio, Vinnie Jones e 50 Cent.


Trailer do filme Rota de Fuga

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