CinemAqui na CCXP: Parte 03 | Dia 02 – Agora todo mundo já viu as teias no sovaco… (mas pelo menos tem a Milla!)


Não existe um jeito melhor de começar um dia de Comic-Com do que com uma homenagem a dos maiores ícones da cultura pop, o Primeiro Oficial da Enterprise, Sr. Spock. Um dia que ainda tinha Milla Jovovich na agenda (ninguém estava realmente se importando para a presença de seu marido) e, por fim, um cheiro de ¿Amigão da Vizinhança¿ no painel da Sony.

E o dia começa mesmo com For The Love of Spock, uma produção que começou ainda com a participação do próprio Leonard Nimoy se empolgando com a ideia do filho, Adam. Da ideia inicial, de um documentário focado em Spock no cinquentenário do personagem, o filme se tornou quase um documento histórico sobre a carreira do pai assim que ele faleceu antes mesmo da produção começar a juntar material.

Como documento histórico, For The Love of Spock é realmente um deleite para os fãs tanto de Nimoy, quanto de Star Trek e de cultura pop, já que tudo que você possa querer saber sobre o personagem está lá. Um material que até se estende em certos momentos para a vida de Nimoy, mas ai acaba soando como um pequeno exorcismo de filho para pai. Um punhado de arrependimentos, uma criação que disputava atenção com uma carreira na TV e até uma arranhada nos vícios do pai (e também do filho).

Adam Nimoy ainda compareceu no palco depois da exibição do filme e discutiu um pouco mais da influência do pai na cultura pop, lembrando também que o que não faltam são cientistas e pesquisadores nas mais amplas áreas decidindo seguir essa vida acadêmica graças ao Sr. Spock.

spock

Para a celebração dos trekkers, Nimoy ainda anunciou que seu próximo trabalho por trás das câmeras será um documentário sobre a, por muitos subestimada, Deep Space Nine. E pode parece futurologia, mas não se surpreendam se daqui a um tempo uma das grandes coqueluches trekkers se tornar Deep Space Nine. Baseado em que? Puro achismo mesmo.

Zumbis e teia no sovaco

E se tinha alguém esperado pelo público que lotava o Auditório Cinemark era a Sony. E se essa espera acabou resultando em algo com altos e baixos, uma coisa é preciso dizer: os pontos altos foram altos mesmo.

De cara, alguns minutos de Resident Evil: Capítulo Final acaba não mostrando muito da trama, mas pelo menos serve para empolgar o público com Alice chegando de volta a Racoon City e deixando pelo caminho um grupo de capangas da Umbrella (nada de zumbis), mesmo de cabeça para baixo e presa por uma corda.

Na sequência a própria Alice, Milla Jovovich, e seu marido e diretor do filme, Paul W. S. Anderson, entram no palco para serem ovacionados de pé. E entre a simpatia da atriz e um monte de gente gritando seu nome, um bate-papo que vale muito mais, ironicamente, pela presença do diretor, que parece incansável na hora de falar sobre a franquia.
Anderson, que tanto deu início a tudo com o primeiro filme, como dirigiu os dois últimos, afirma com todas as letras que ¿esse sexto filme será o maior da franquia¿. Observação que diz respeito tanto em termos de história, quanto de orçamento e… bom… todo o resto. Uma constatação que vem com outra tão importante quanto ela: ¿esse será o último filme!¿

O diretor ainda lembra do prenuncio no final do filme anterior, sobre o fim do mundo, ¿independente do que ocorrer com Alice, esse é o final… não importa se ela ganhar ou perder¿. Anderson ainda recorda que voltou à franquia com a promessa de uma trilogia que fecharia a história e agora é essa hora. ¿Todos saberão quem realmente é Alice, ela irá recobrar sua memória e ainda fechará o ciclo voltando à Racoon City e até à ¿Hive¿¿.

Lembrado sobre a mania de Hollywood de reciclar tudo que vê pela frente, Anderson enfatiza ¿saber que Hollywood poderia desejar mais e mais filmes, mas que não terá¿. Uma vontade que soa corajosa e apaixonada, mas que todos sabem resvala em uma verdade maior ainda: se a Sony quiser mais filmes ou um reboot ela enxota todo mundo de perto do filme e contrata uma nova equipe para remodelar a franquia. Deixem esse último fazer sucesso para vocês entenderem o que eu estou falando.

Já sobre os games, Anderson lembra que é um fã do jogo e que tanto ele, quanto Milla e todo elenco do primeiro filme, embarcaram lá nele porque eram jogadores e queriam ver aquilo na tela grande. O diretor ainda lembra que o cinema não anula o jogo e vice-versa, com a consciência de que o universo criado por ele andou livremente em paralelo com os jogos da Capcom e nunca se atrapalharam.

Do lado de cá da plateia, com o Joystick na mão, há até quem diga que toda essa ¿liberdade¿ é quem mais impediu a franquia de ser levada a sério, já que os games, por si só, apresentam tramas que já seriam mais que suficientes para funcionarem nos cinemas. Mas isso é a opinião do lado de cá da tela. Cochicho de fã.

O que vem depois disso é a definição de broxante. Você já cansou de ver o trailer de Passageiros, aquele sci-fi com Chris ¿Starlord¿ Pratt e Jennifer ¿Katniss¿ Lawrence. Também já deve ter corrido para ver a primeira prévia de T2 Trainspotting, com a volta do elenco original e do diretor Danny Boyle. Por outro lado, duvido que se empolgue com a volta dos Smurfs ao cinema, assim como não deve achar muito interessante esse pseudo-Alien estrelado por Jake Gyllenhaal que atende pelo nome de Vida. E achar interessante Dwayne ¿the Rock¿ Johnson e Kevin Hart respondendo algumas perguntas enviadas por eles por fãs brasileiros pelo Twitter, nem pensar. Mas, pois é, é essa enrolação que separou Resident Evil de Homem-Aranha e não permitiu que a Sony conseguisse emplacar um dos melhores momentos da CCXP.

Mas esse amargor são águas passadas, já que as duas palavras mágicas foram ditas e o Auditório pode explodir de emoção: Homem e Aranha.

Tudo bem que é pouco e enquanto eu estou escrevendo isso, tudo que foi visto por lá já não é mais novidade para ninguém (já que a Sony liberou o teaser), mas sentados no Auditório Cinemark todos puderam conferir em primeira mão o anúncio oficial do título do filme, Homem-Aranha: De Volta ao Lar. O painel acaba com o tal pequeno trecho que conta com a presença de John Favreau (vulgo Happy Hogan, amigo/assistente de Tony Stark) e ainda um vislumbre do uniforme final do herói, com direito àquela famosa teia de baixo dos braços do herói que foi eternizada por Steve Ditko na criação do personagem.

O vídeo está ai embaixo então corra antes que ele fique velho… assim como essa cobertura da CCXP já vai estar assim que ela acabar… e ainda faltam mais dois dias e meio.

Está ai o teaser:

CONFIRA A COBERTURA COMPLETA CINEMAQUI NA CCXP

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