Atividade Paranormal: Marcados Pelo Ma

Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal | Ainda tem coisa boa nessa franquia


Por mais que aposte sempre em um mesmo objetivo, Atividade Paranormal é sim uma franquia extremamente bem sucedida no que se dispõe a ser. E verdade que isso nem é muito, apenas alguns sustos e uma câmera subjetiva (ou daquelas de monitoramento, ou webcans e por ai vai…), mas tudo permeado por uma trama que continua encontrando histórias para contar, mesmo nesse quinto filme, Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal.

E melhor ainda, a impressão que esse novo filme deixa é que ainda existe um esforço de seus realizadores para reinventar a franquia. Dessa vez, sai (pelo menos logo de cara) aquela família dos três primeiros filmes e entra um garoto de descendência mexicana que, depois de importunar uma velha e sinistra vizinha (conhecida carinhosamente como “a bruja”) acaba dando de cara com uma espécie de maldição.

É lógico que, assim como o filme anterior, aos poucos ele e o casal de amigos acabam descobrindo que essa maldição o liga diretamente com a tal família dos primeiros filmes (e nesse caso, em um final que os leva diretamente para o primeiro), além de fazê-los passear por àquela mesma casa sinistra que serve de “clubinho” para as bruxas (que já são recorrentes na franquia). Decisão do roteiro que os coloca dentro da franquia, e não apenas em uma versão para um público espanhol (como na descartável passagem da série por Tóquio), e é por isso que se pode dizer que Marcados pelo Mal faz parte daquele sucesso citado no primeiro parágrafo.

Um filme que aposta em novos ares, tenta mudar a estética (agora só com uma câmera na mão, por mais que não tenha muitas razões para ela continuar ligada na maioria do tempo), vai de encontro a novos personagens e acrescenta mais detalhes ainda a mítica na qual as tramas vem se escorando. O fã da série então (e sim, você pode não acreditar, mas eles existem, ou ela não teria chegado até aqui), irão sair do cinema com o mesmo deja-vu dos outros, mas também com a certeza que mais um pedaço dessa grande história foi contado.

Atividade Paranormal: Marcados Pelo Ma

O problema é que é só isso mesmo, duas revelações e uma desculpa esfarrapada para colocar o caminho dos protagonistas desse filme cruzando com os do primeiro, o que é extremamente pouco para quem pretendia, pelo menos, ser um pouco mais surpreendido (o terceiro filme faz isso de modo muito mais eficiente e natural).

Isso e uma possível decepção de quem for ao cinema esperando dar de cara com aquela “casa mal assombrada”, portas batendo, vultos e aparições. Tudo é então trocado por um perigo real e concreto, o que não deixa de ser interessante e novo, mas deixa esvair um pouco do charme dos outros. Do terror psicológico e daquela sensação de estar afundando na poltrona do cinema. Por outro lado, uma mudança de clima que permite que algumas “brujas” voem em direção ao seu criador movidos por tiros de escopeta (o que é sempre algo a ser apreciado).

Entretanto, mesmo com algumas escorregadas já previsíveis (furos no roteiro, personagens sub desenvolvidos e um final semelhante demais aos dois últimos) , Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal funciona bem, principalmente pelo expectativa tão baixa que a franquia provoca. E tem esse efeito satisfatório, pois ainda mostra que é possível fazer quem acompanhou todos outros filmes da série até esse momento, sair do cinema com a impressão de ter conhecido mais um pouco dessa história que começou com uma porta que fechava sozinha, um casal amedrontado, custou pouco mais de quinze mil dólares e arrecadou algo em torno de duzentos milhões. Números que ainda devem garantir algumas continuações.


“Paranormal Activity: The Marked Ones” (EUA, 2013), escrito e dirigido por Christopher Landon, com Andrew Jacobs, Jorge Diaz, Gabrielle Walsh, Renee Victor e Richard Cabral


Trailer de Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal

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1 Comentário. Deixe novo

  • Matheus Augusto
    31/01/2014 20:03

    Na minha opinião, o jeito que todos os filmes da franquia terminam, essa é a jogada, pois todos os expectadores vão voltar e assistir o próximo para saber o que vai acontecer. O fato de estar com uma câmera na mão, webcams, sistema de monitoramento, câmeras que se mexem de um lado para o outro, essa é a tensão do filme, pois você fica olhando todo o espaço que a câmera mostra tentando descobrir algo, para mim essa é a melhor parte, sem contar os sustos repentinos. Os sustos são previsíveis, mas que são bons, são. Sou um fã da série, e querendo ou não, isso irá se tornar uma “mesmice”, pois se pensar bem, desde 2007 até 2014, já foram lançados 6 filmes, e existe outro que está para chegar no dia 24 de outubro desse ano. Daqui a 5 anos, se lançarem 5 filmes em cada ano, no quinto filme já não vai ter mais história, vai acabar se tornando um círculo vicioso. Este filme não pode se tornar um “Sexta-Feira 13” pois em situações extremamente impossíveis, o vilão acaba “ressuscitando”. Isso não pode acontecer com a franquia de Atividade Paranormal.

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